segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Anna Netrebko: Opera Arias - 2003, Deutsche Grammophon



Anna Netrebko é uma daquelas cantoras que tem tudo que uma primadona precisa: sua voz é linda, encorpada, enorme, e a sua figura é estonteante. Muitas pessoas questionam suas interpretações, dizendo que são superficiais... bem no mínimo ela chama a atenção. Vale a pena conferir (mais detalhes click aqui)

sábado, 1 de dezembro de 2007

Elegia - Marco Pereira - 1990, Channel Classics (Holanda)

Sem dúvida Marco Pereira é um dos maiores violonistas brasileiros da atualidade. A sua tècnica apurada unida à legítima ginga brasileira fazem das suas gravações referências indispensáveis pra quem toca violão no estilo brasileiro. Elegia, não é o seu melhor álbum, mas trás alguns clássicos como Desvairada, do Garoto, Sons de Carrilhões, de João Pernambuco, e carinhoso, do Pixinguinha, que sempre vale a pena escutar, e ainda mais nos dedos de Marco Pereira (mais detalhes click aqui)

Imago Dei

Vi num filme (que já não me lembro qual) que pra um homem sentir-se realizado na vida, ele precisa ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu ainda não escrevi um livro, mas e daí?! Quem pode dizer que tem um filme baseado em alguma obra sua? Se bem que não posso chamar esse vídeo vídeo de FILME... acho q tá mais pra clip... mas foi baseado numa "poesia" (rsrs tb não sei se dá pra chamá-la assim) que eu escrevi depois de ter ouvido uma preleção sobre o Salmo 115, quando ainda trabalhava na Jocum do Rio de Janeiro.
Bem, pra quem não conhece o Salmo vou transcrever aqui o trecho que o preletor usou naquele dia:

Salmo 115
Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória,
por amor da tua benignidade e da tua verdade.
Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus?
Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.
Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam;

nem som algum sai da sua garganta.
A eles se tornem semelhantes os que os fazem,

assim como todos os que neles confiam.


Esse texto é bastante utilizado pra falar contra a idolatria a imagens, tão combatida no meio evangélico. Acabamos relacionando a construção de imagens sempre com uma atitude idólatra, o que até nos levou a renegarmos, de certa forma, o talento que nos deu o próprio Deus, afinal, somos "somos feitura sua" (a tradução mais próxima do original para a palavra "feitura" em Efésios 2.10 é "obra prima").
O próprio Deus é um artista fazedor de imagens. Ele mesmo faz uma pessoa a sua imagem e semelhança pelo menos 261 vezes por minuto sobre o planeta. Então essa nossa imagofobia não é justificável. O foco do escritor desse salmo não está, simplesmente, sobre imagens de ídolos, mas sobre o fato de que podemos nos tornar como eles. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus pra sermos o Seu espelho uns para os outros e para toda a criação, e precisamos, por causa disso, agir segundo essa natureza. Se de alguma forma estamos nos tornando inertes diante da nossa vida, das pessoas que amamos ou mesmo as que só estão perto de nós, estamos nos tornando como esses ídolos descritos pelo salmista, que têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem, têm ouvidos, mas não ouvem, têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam...
Assumir esse tipo de atitude, é assumir que a idolatria já se enraizou no nosso coração e nos transformou em imagens mortas. E isso pode acontecer mesmo a quem nunca tenha chegado a se prostrar ou ofereçer qualquer forma devoção uma única vez a uma estátua qualquer. Lembrando mais uma vez o que o apóstolo Paulo escreveu aos efésios, "somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas".

Depois que ouvi esse sermão, acabei escrevendo um poeminha sobre isso. Daí, meu amigo Max, quando estava fazendo um seminário de produção de vídeo pela Jocum em Buenos Aires, sugeriu esse poema como argumento pra um vídeo experimental e a equipe acabou topando. Então vou postando pra vocês aí o poema seguido do vídeo que eles fizeram lá na Argentina (ah! o carinha que aparece pensativo no metrô é o Max. Valeu irmão!)



Imago Dei
(Imagem de Deus)

Cultura
Pensamento
Criatura
Movimento
Palavra
História
Momento
Eu
Você
Espaço
Tempo...

Imagem
Fala
Dança
Escreve
Esculpe
Chora
Ouve
Canta
Cresce
Vive
Encanta
Ilumina
Inspira
Cria
Ama...

Tudo
Nada
Início
Meio
Fim
Eterno
Imediato
Forte
Terno
Morte
Vida
Luz
Beleza
Cruz
Certeza!



- Por Jefferson Luz
Rio de Janeiro, Julho de 2005 -


quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Monteverdi: Scherzi Musicali - 2005, Harmonia Mundi Fr.

Pra quem curte música antiga, esse é um dos álbuns mais bonitos que já ouvi nos últimos tempos. Destaco a faixa "Quel Sguardo Sdegnosetto". Quem ouve tem aquele tipo de sensação de alegria que não se sabe explicar (mais detalhes click aqui)

domingo, 18 de novembro de 2007

Giacomo Puccini (1858 - 1924)

Por Puccini ter sido um genuíno talento do teatro, os críticos e acadêmicos sempre tentaram negar seu lugar entre os compositores sérios. O público, no entanto, tem outra opinião e considera Puccini como um de seus compositores favoritos.


Nascido em Lucca, Itália, Puccini descendia de várias gerações de músicos profissionais. No início ele não se interessou em dar prosseguimento à tradição da família, mas sua mãe o obrigou a estudar música. Na adolescência Puccini já era um organista suficientemente bom para manter dois empregos como organista de igreja. Atraído por novas invenções e por maquinários, tinha a curiosidade de conhecer o órgão e seu mecanismo de música e divertia-se e improvisava durante as cerimonias religiosas. Vários fatores o levaram à carreira de compositor: a recepção favorável a algumas peças religiosas e uma cantata escritas por ele; a descoberta de Aida, a última ópera de Verdi e as bolsas de estudo de seu tio-avô e da Rainha Margherita de Saboia que lhe permitiram estudar no Conservatório de Milão de 1880 a 1883.


A vida da cidade grande nunca agradou muito a Puccini, mas influenciou seu trabalho. Sua existência boêmia como um estudante pobre foi expressa mais tarde na ópera La Bohème. Apesar de sua livre associação ao movimento verismo, um esforço para um teatro de ópera mais natural e acreditável, Puccini não hesitou em escrever peças de época ou em explorar locais exóticos. Na ópera Tosca escreveu um extenso melodrama ambientado em Roma durante o período napoleônico. Para Madame Butterfly Puccini escolheu uma história americana passada no Japão. Gozando de uma aceitação gradual e consistente àquela altura de sua carreira, Puccini estava completamente despreparado para o fracasso total de Madame Butterfly, quando de sua primeira apresentação em 1904. No entanto, acreditava em seu trabalho e revisou a ópera até que fosse aceita. As complicações de Madame Butterfly fizeram com que retardasse o início de seu próximo trabalho e minaram sua autoconfiança, mas durante uma visita a New York, Puccini concordou em escrever La Fanciulla del West, baseada na popular peça de David Belasco The Girl of the Golden West. Apesar de relutar em assumir modernismos -a obra Elektra de Strauss o havia deixado confuso e desgostoso- Puccini, com cuidado, adotou mudanças de tempo em La Fanciulla, absorvendo a influência de Pelléas de Debussy, que ele admirava.


A I Guerra Mundial provocou a principal interrupção na vida criativa de Puccini. As hostilidades complicaram suas negociações para escrever uma opereta para Viena, à época território inimigo. A opereta transformou-se então em uma ópera leve, La Rondine, produzida em Monte Carlo e acolhida com frieza no Metropolitan como a tarde decadente de um gênio. Puccini nunca mais recobrou sua superioridade jovial e sua espontaneidade romântica, mas continuou trabalhando seriamente, ampliando seus horizontes.


Um fumante inveterado, Puccini teve um câncer de garganta e foi levado para Bruxelas em 1924, para tratamento com um especialista. Apesar do sucesso da cirurgia, o coração de Puccini não resistiu e ele morreu logo em seguida. À época de sua morte, ele estava trabalhando em sua ópera mais ambiciosa, Turandot, baseada na adaptação romântica de Schiller de uma fantasia de Carlo Gozzi, o escritor satírico de Veneza do século XVIII. Em Turandot, pela primeira vez, Puccini escreveu muito para o coro, criando uma variedade orquestral, ampliada e enriquecida, que mostrava uma consciência de Petroucka de Stravinsky e de outros números contemporâneos. Fonte: De Ópera e de Lagartos...

Gianni Schicchi - 02/10/2000 Viena (Florez, Nucci, Kirschschlager)

Gianni Schicchi, ópera em um ato de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, baseado no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cômica de Puccini, estreou no Metropolitan Opera House de Nova York, a 14 de dezembro de 1918, junto com Il Tabarro e Suor Angelica (leia a sinopse). Essa não é uma das óperas mais conhecidas de Puccini, mas tem uma das árias mais famosas e belas, e que consta no repertório de todas as grandes sopranos. Esse vídeo da soprano russa Anna Netrebko, comprova o que estou dizendo (mais detalhes click aqui)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Villa-lobos - L'intégrale pour guitare - Turibio Santos

Achei esse álbum pelo emule. Tem, pasmem, TODA a obra de Heitor Villa-lobos pra Violão. Além dos célebres 12 estudos, 5 Prelúdios, Suite Popular Brasileira, do Chôro No1 e do Concerto pra Violão e Orquastra, nesse álbum, Turíbio Santos, interpreta uma versão pra violão do próprio Villa da Bachiana No5, um duo de flauta e violão, chamado Distribuiçã de Flores, e outra obra de música de câmera: Sexteto Místico, escrito pra violão, oboé, flauta, saxofone, celesta e harpa (mais detalhes click aqui)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Julian Bream Edition, Vol.22: Guitar Concertos

Esse álbum faz parte de uma série de gravações com "não sei quantos" volumes gravados pela RCA. Peguei esse (e também os outros que postei aqui) do blog de um estrangeiro, que acabou sendo tirado do ar. Um desastre, porque o cara tinha postado quase todos os discos dessa série. Contrastando com o tradicionalíssimo Concerto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo, Bream executa outros dois menos conhecidos: O Guitar Concerto, de Lennox Berkeley, e o o Concerto Elegiaco, de Leo Brouwer (mais detalhes click aqui)

Bryn Terfel - Tutto Mozart!

Nesse álbum Terfel interpreta as mais famosas árias para barítono de Mozart. Algumas são raras, como, por exemplo, Diggi Daggi, que faz parte da ópera "Bastien und Bastienne", composta quando Mozart ainda tinha apenas 12 anos. Além do que sempre Vale a pena ouvir Bryn Terfel (mais detalhes click aqui)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Afro-Sambas - Monica Salmaso e Paulo Bellinati

A Monica Salmaso é uma daquelas cantoras que estão fora da grande mídia mas que é uma das artistas mais talentosas da MPB. Nesse álbum ela interpreta os famosos afro-sambas de Vinicius e Baden, acompanhada por ninguém menos que Paulo Bellinati (mais detalhes click aqui)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sometime Ago - Manuel Barrueco


Depois de passar um tempão sem postar álbuns de violão clássico, voltamos com um álbum pouco conhecido de Manuel Barrueco. Nessa gravação Barrueco mostra que é um músico antenado pra além do mundo dito erudito. Compositores famosos no mundo do Jazz, como Chick Korea e Keith Jarrett, são interpretados com grande sensibilidade por esse fantástico violonista (mais detalhes click aqui)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Cecilia Bartoli - Opera Proibita

A primeira vez que ouvi Cecilia Bartoli cantando fiquei extremamente impressionado com o seu virtuosismo. Algumas das das músicas que ouvi pareciam ser impossíveis de serem executadas por uma voz humana. A velocidade e saltos executados com a precisão de um instrumento são de espantar qualquer um. Nesse álbum ela dá uma palhinha do seu virtuosismo (mais detalhes click aqui)

Cecilia Bartoli - The Impatient Lover

Aqui Cecilia Bartoli interpreta canções italianas de quatro dos maiores representantes da escola de Viena: Beethoven, Mozart, Schubert e Haydn. Schubert foi um dos maiores compositores de lieder (canções alemãs), mas os outros 3 ficaram conhecidos por suas obras sinfonicas (e óperas, no caso de Mozart), por isso esse álbum se torna tão interessante: os grandes representantes da cultura vienese escrevendo canções italianas (mais detalhes click aqui)

Handel - Renée Fleming

Mais um álbum de Renée Fleming. Um grande exemplo da versatilidade dessa soprano, o que aliás é uma característica comum entre as grandes cantoras (mais detalhes click aqui)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Renée Fleming: By Request

Renée Fleming é uma daquelas cantoras que arrebatam o público qundo sobem num palco. Além da da sua beleza, o timbre aveludado da sua voz e a sua habilidade de ser ora leve ora profunda, fazem de Renée uma das principais cantoras dos últimos anos (mais detalhes click aqui)

sábado, 27 de outubro de 2007

Renee and Bryn: Under the Stars

A parte da discussão sobre as definições e limites entre a música chamada popular e erudita, poucos cantores líricos que se aventuram pela música popular conseguem fazer isso como Bryn Terfel e Renée Fleming. Nesse álbum eles interpretam canções famosas dos músicais da Broadway de forma surpreendentemente bela. A voz e interpretação que esses dois cantores emprestam a esse tipo de repertório, dão a essas canções um colorido riquíssimo (mais detalhes click aqui)

Cecilia & Bryn - Cecilia Bartoli duets Bryn Terfel

Juntar num palco esses dois num palco, e ainda por cima cantando trechos das principais óperas dos grandes Mozart, Rossini e Donizetti, só pode dar um álbum como esse. Imperdível e indispensavel pra quem gosta desse gênero de música (mais detalhes click aqui)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Cecilia Bartoli - Chant d'amour


Nesse álbum Bartoli faz uma incursão pelo mundo da música francesa, que tem toda uma sonoridade e delicadeza especiais, e, como sempre, surpreende (mais detalhes click aqui)

Bryn Terfel - Handel Arias

Aqui mais um álbum dos cantores mais proeminentes dos últimos tempos. Bryn Terfel é um baixo-barítono britânico que impressiona pela sua versatilidade como intérprete. Com um timbre leve e cativante e ao mesmo tempo brilhante, Terfel tem um repertório variadíssimo, que vai desde Handel a Vaughan Williams. Suas interpretações mais célebres foram algumas óperas de Mozart, como "Don Giovanni" e " Le nozze di Figaro". Nesse álbum ele executa algumas das árias mais famosas para baixo de Handel. Imperdível (mais detalhes click aqui)

sábado, 6 de outubro de 2007

Silent Noon - Bryn Terfel & Malcolm Martineau

O primeiro album de canções inglesas de Bryn Terfel, "The Vagabond & other songs", foi lançado em 1995 e foi aclamado pela crítica. O álbum "Silent Noon" é o retorno tão esperado de Bryn a este repertorio. A beleza e o colorido das músicas junto com a voz de Bryn e do entusiasmo óbvio que ele demostra ao cantar esse repertório permitem que Bryn se aproprie das canções de tal forma que parecem ser suas. Estas são canções humanas - canções que contam histórias, e recordam experiências emocionantes. São canções da apelação verdadeiramente universal (mais detalhes click aqui)

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Cecilia Bartoli - If You Love Me (Se tu m'ami ), 18th-Century Italian Songs

Nas canções tradicionais do sec XIII saõ executadas pelos cantores iniciantes. Nesse álbum elas ganham vida nova através da arte de Cecilia Bartoli. Com uma dicção impecável e um fraseado evocativo ela captura todos detalhes e executa cada nuance dessas simples, mas apaixonantes, peças. Nenhuma frase é repetida da mesma maneira, cada linha é esculpida como uma obra de arte única. O simples "Cessate di Piagarmi", de Scarlatti, torna-se um testamento da dor e do pranto dos corações inocentes. "Caro mio Ben", de Giordano, é transformado em um grito macio para o amor. Todos os ornamentos são extremamente criativos e perfeitamente executados. O acompanhamento por György Fischer é ingualmente atraente, sensível e preciso. Todos os cantores que se dedicam com seriedade à arte de cantar deve estudar essas peças - Barbara Eisner Bayer - Amazon.com (mais detalhes click aqui)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Andreas Scholl - Contratenor

Já depois de ser internacionalmente reconhecido como o grande contratenor da sua geração, pela sua discografia e pelas suas actuações em concerto, Andreas Scholl estreou-se como cantor de ópera no papel de Bertarido, em Rodelinda, no Festival de Glyndebourne, conseguindo um sucesso sem precedentes.

Andreas Scholl realizou uma série de extraordinárias gravações a solo, incluindo Vivaldi Motets, com a Orquestra Australiana de Brandenburg e Heroes, um disco preenchido com árias de Händel, Mozart, Hasse e Gluck. A sua discografia também inclui: o papel principal em Solomon, com o Gabrieli Consort; Stabat Mater de Pergolesi, com Les Talens Lyriques e Barbara Bonney; Oratória de Natal de J. S. Bach, o Orfeo de Monteverdi, o Stabat Mater de Vivaldi (Prémio Gramophone) e Maddalena ai piedi di Cristo de Caldadra, com René Jacobs.

Em concerto, Andreas Scholl apresenta-se regularmente com os mais destacados especialistas de Música Antiga, tendo interpretado as cantatas de J. S. Bach, com John Nelson e a Orquestra de Cleveland; a Missa em Si menor, a Oratória de Natal e a Paixão Segundo São Mateus, também de J. S. Bach, com o Collegium Vocale e Philippe Herreweghe; árias de Händel, com a Orquestra de Câmara de St. Paul e Christopher Hogwood e com a Akademie für Alte Musik; e a Paixão Segundo São João de J. S. Bach, com a Orquestra do Real Concertgebouw e Ton Koopman. Nos Concertos Promenade, Andreas Scholl cantou Julius Caesar de Händel e o Magnificat de J. S. Bach, com a Orchestra of the Age of Enlightenment e René Jacobs; o papel principal em Solomon, com o Gabrieli Consort e Paul MacCreesh; e o Stabat Mater de Pergolesi, com a Orquestra Barroca de Friburgo. Em recital, Andreas Scholl apresentou-se no Wigmore Hall, na Philharmonie de Colónia, no Real Concertgebouw, no Tonhalle de Zurique, em Orange County e nos Festivais de Sidney, Brighton, Schwetzinger, Schleswig-Holstein e da Lufthansa.

Os seus compromissos para a temporada de 2000-2001 incluiam concertos com a Orquestra Filarmónica da Malásia, em Kuala Lumpur; a sua estreia com o Bach Collegium, no Japão; as óperas Saul e Solomon de Händel, no Théâtre de La Monnaie, com o Gabrieli Consort e a estreia no papel principal de Giulio Cesare, com a Orquestra Real Dinamarquesa. No presente ano, Andreas Scholl realizou uma digressão mundial com o seu novo programa de recital, A Musicall Banquet, incluindo uma estreia no The Frick em Nova Iorque. O CD também intitulado A Musicall Banquet foi lançado pela Decca em Janeiro do corrente ano.

Nascido na Alemanha, Andreas Sholl iniciou o seu treino musical no Coro Infantil de Kiedrichen. Entre 1987 e 1993 estudou com Richard Levitt e René Jacobs na Schola Cantorum Basiliensis, onde se diplomou em Música Antiga. Em 1992 foi bolseiro do Conselho da Europa e da Fundação Calude Nicolas Ledoux, sendo também diplomado pela Fundação Ernst Göhner e pela Associação Migros. Em 1999 recebeu o Prémio Echo e o Prémio da União da Imprensa Musical Belga.

Andreas Scholl - Ombra mai fu


Mais um do contratenor Andreas Scholl. Nesse, ele canta algumas das árias mais famosas de Handel. Sempre vale a pena ouvir alguém cantando esse tipo de repertório nesse registro, que pra nós é raro, mas que para os contemporâneos de Handel era muito usual (mais detalhes click aqui)

sábado, 25 de agosto de 2007

Stabat Mater - Rossini


Aqui mais uma de Rossini. Mas essa obra a gente vai executar apenas em outubro, e como o festival de ópera ainda não acabou, os ensaios ainda nem começaram. Mas vou deixar o álbum aqui pra quem quizer (mais detalhes click aqui)

La Cenerentola - Gioacchini Rossini


Vou começar uma série de postagens de obras que estou participando aqui em Belém. Estamos na reta final do Festival de Ópera do Teatro da Paz. Já executamos Il Guarany, de Carlos Gomes, e na próxima semana vamos executar La Cenerentola (A Cinderela), de Rossini. Eu mesmo não conhecia a ópera, e como essas coisas não são baratas, decidi postar aqui pra vcs a ópera completa. Então pra quem quizer é só baixar e aproveitar (mais detalhes click aqui)

Jessye Norman - Spirituals


Depois de um longo tempo sem postar, decidi recomeçar com uma das cantoras que marcou a minha vida. Quem não lembra do programa depois do Fantástico "Concertos Internacionais", apresentado pelo maestro Diogo Pacheco. Foi numa desss noites que eu vi essa mulher enorme, com uma voz gigante cantando (não me lembro o quê ela cantava, a música erudita ainda estava num mundo muito distante de mim). Então, quem quizer relembrar um pouco aquela época ou conhecer essa cantora fora do comum, é só baixar e ouvir (mais detalhes click aqui)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Andreas Scholl - English Folksongs & Lute Songs, 1996 - Harmonia Mundi Fr.

Esses dias, quando eu procurava material sobre renascimento inglês, achei mais um álbum com canções de Jhon Dowland. Nada de novo, afinal, já postei aqui mesmo 2 outros álbuns com canções do mesmo compositor (The English Orpheus e Heavenly Love, Earthly Joy), se não fosse o cantor que executa as canções. Andreas Scholl é um dos mais proeminentes contratenores da atualidade. Acabei encontrando vários álbuns gravados por ele. Então, além de termos aqui as maravilhosas canções de Dowland, podemos ouvi-las na voz de um especialista nesse período executadas numa tessitura vocal pouco usual nos dias de hoje mas que era muito comum nauqele período (mais detalhes click aqui)

sexta-feira, 22 de junho de 2007

El Diablo Suelto - Guitar Music of Venezuela, John Wiliiams - 2003, Sony

Apesar so título do álbum ser esse, as músicas não transmitem em nada o que ele é. Mesmo a a faixa que dá nome ao álbum não tem nada a ver com o diabo. Por mais que ele tente, força, alegria, graça, beleza e etc, são essencialmente características de Deus que ele tenta roubar pra si. Por isso esse álbum é tão gostoso de ouvir, nada cansativo, na verdade é empolgante. As melodias e rítmos quentes dos nossos vizinhos venezuelanos são tocados com uma propriedade de quem tem sangue latino. Talvez por essa capacidade considerem esse australiano como um dos maiores violonistas do sec XX (mais detalhes click aqui)

terça-feira, 19 de junho de 2007

Heavenly Love, Earthly Joy - Julian Bream & Sir Peter Pears, 2007 - RCA


Mais um álbum do grande Julian Bream. Nesse ele acompanha o já falecido tenor britânico Sir Peter Pears. O compositor britânico Benjamin Britten dedicou várias obras a esse proeminente tenor. É um privilégio poder ouvir um dos principais nomes do alaúde inglês junto com um dos maiores cantores ingleses de meados do sec XX, ainda que já em final de carreira. Vale a pena ouvir (mais detalhes click aqui)

domingo, 17 de junho de 2007

Quaternaglia, 1995


QUATERNAGLIA é sucesso de público e crítica, e alia à transparência sonora, o virtuosismo e a precisão da música erudita ao apelo popular e genuinamente latino do violão. Presença marcante nas principais salas de concerto brasileiras e em todos os encontros violonísticos nacionais. Grupo de câmara latino americano convidado a encerrar o Encontro de Escritores do Merco Sul com recital no Memorial da América Latina em São Paulo. Representante do Brasil no I Festival Internacional de Guitarra na Ciudad de Montevideo. Participou do II Seminário Latino-americano de Violão do XXVI Festival de Inverno de Campos de Jordão. Turnê pelos Estados Unidos (mais detalhes click aqui)

De Barcelona a L'Havana (Leo Brower & Xavier Montsalvatge) - 2003, La Ma De Guido


Achei esse álbum por acaso, e confesso que ainda nem ouvi direito, mas como quartetos de violões ainda é uma formação rara decidi postar pra vocês (mais detalhes click aqui)

quinta-feira, 14 de junho de 2007

From the Jungles of Paraguay: John Williams Plays Barrios

Agustin Barrios Mangoré (1885-1944)
Guitarrista e compositor paraguaio. Recebeu a primeira educação musical num colégio jesuíta onde se utilizava a guitarra no estudo da harmonia. Com a idade de 13 anos Gustavo Sosa (um aluno de Juan Alais) inicia o pequeno Agustin nos métodos de Sor e de Aguado, nas peças de Tárrega, Viñas, Arcas e Pargá. Além de música, recebe formação em história, matemáticas e literatura no Colégio Nacional de Asunción. Agustin fala espanhol e guarani, lê e compreende francês, inglês e alemão, interessa-se pela filosofia, poesia e teologia. Musicalmente Agustin Barrios é um grande improvisador, testemunhos dizem-nos que improvisava de maneira espontânea até em concertos. Compôs cerca de 300 peças das quais infelizmente uma parte se perdeu. Barrios deu concertos desde 1906 até à sua morte. Nos anos 1934-1936 veio à Europa, tocando na Bélgica, Alemanha, Espanha e Inglaterra. Barrios foi o primeiro guitarrista a gravar discos comerciais de 78 rotações. Muitas das suas obras sobreviveram graças ao disco. Morreu muito pobre a 7 de Agosto de 1944 em El Salvador.Neste álbum, o estupendo violonista australiano John Williams presta sua homenagem a este compositor. De fato, Barrios compôs obras primas. Basta atentar para a bela peça La Catedral (mais detalhes, click aqui)

domingo, 10 de junho de 2007

The English Orpheus - John Dowland, 1992 - EMI Records

Contemporâneo de Shakespeare, o alaudista John Dowland (1563-1626) foi um dos principais compositores na Inglaterra do período renascentista, que se caracterizou como um gênero de música voltado para a dança, para as formas imitativas e para os arranjos de música vocal.
John Dowland é o mais representativo compositor para alaúde da escola inglesa. Ele realizou originais e novos usos de escalas cromáticas. Trabalhava as partes do acompanhamento separadas da parte da melodia, obtendo efeitos harmônicos relativamente avançados para seu tempo. Confira algumas das suas canções nessa ótima gravação (mais detalhes click aqui)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Franz Peter Schubert - Die Schöne Mullerin, Schwanengesang e Die Winterreise

Gênero schubertiano por excelência, a canção também representa a parte mais numerosa de seu catálogo: aproximadamente 600 obras. É nos lieder que Schubert expressa a sua natureza essencialmente poética e todas as suas angústias. Não seria de se estranhar o fato de que inúmeras de suas obras-primas instrumentais sejam inspiradas - e isso inclui aproveitamento temático - em lieder. As canções mais conhecidas e importantes de Schubert estão agrupadas em ciclos, que geralmente narram uma história ou mantêm uma atmosfera única entre todas as partes. Três deles são considerados os maiores de Schubert: A Bela Moleira (Die Schöne Mullerin), A Viagem de Inverno (Die Winterreise) e O Canto do Cisne (Schwanengesang). Os dois últimos foram compostos nos anos finais da vida do compositor e representam, respectivamente, o desespero e o adeus. A Viagem de Inverno, ciclo baseado em poemas de Wilhelm Mueller, nas palavras de Schubert, mostram a chegada do "inverno de minha desesperança". Impregnadas pela idéia da morte, as canções são sombrias, angustiadas e até mesmo perturbadoras. O ciclo é talvez a maior realização de Schubert no campo do lied. Inúmeras canções de Schubert têm vida independente de ciclos. São jóias de poesia em estado puro: Margarida na Roca, O Rei dos Elfos, A Morte e a Donzela, A Truta, O Anão, O Viajante, Dafne no Riacho, e claro, o mais popular lied schubertiano, Ave Maria, que a posteridade quase transformou em hino sacro.

Eu tenho aqui pra vocês um dos maiores barítonos do sec XX, Dietrich Fischer -Dieskau, interpretando os 3 principais ciclos de Schubert: Die Schöne Mullerin, Schwanengesang e Die Winterreise. É só clickar nas imagens que você será direcionado às tracklists de cada CD, e lá mesmo você vai encontrar os links para os álbuns.


domingo, 3 de junho de 2007

THE GUITAR WORKS OF GAROTO - Paulo Bellinati, 1991 - GSP


Violonista paulista reconhecido e consagrado internacionalmente, começou a aprender o instrumento com o pai, ainda na infância. Aos 17 anos entrou para o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde se destacou e conseguiu uma bolsa para continuar seus estudos em Genebra, na Suíça (mais detalhes click aqui)

Afinidade - Gabriel Grossi & Marco Pereira, Biscoito Fino


Existem certas combinações no mundo da música que são muito especiais. Uma delas é a combinação do violão do Marco Pereira com a gaita do Gabriel Grossi. É algo como café-com-leite, pão-com-manteiga, arroz-com-feijão... coisas que parecem ter sido descobertas já misturadas. E é assim mesmo. Depois que a gente percebe quanto é boa a mistura, é impossível viver sem ela. No caso do Marco e do Gabriel, o que chama muito a atenção é a capacidade dos dois de fazerem seus instrumentos soarem únicos. Parece que o violão e a gaita querem conversar com a gente, nos contar um história. É um caso raro de afinidade musical onde tudo parece dar certo e não existe a mínima possibilidade de desencontro. São dois virtuosos no sentido mais puro da palavra. Técnicas brilhantes, sempre a serviço da qualidade musical. Pode-se estar ouvindo algo de extrema exuberância técnica como os temas velozes que eles abordam, mas também algo de extrema delicadeza, onde é possível apreciar o trabalho de sonoridade do duo (mais detalhes, click aqui)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Canciones Españolas / Berganza, Yepes, Lavilla, 1992 - Deutsche Grammophon


Esse álbum é especial não só por ter o grande Narciso Yepes como um dos músicos, mas pela combinação perfeita entre a suas transcrições (principalmente as canções de De Falla e Gracia Lorca) e a voz da mezzo-soprano Teresa Berganza numa performance imperdível. É um álbum bem longo, mas vale a pena ouvir (mais detalhes, click aqui)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Cecilia Bartoli - Mozart Arias, 1996 - Erato


Cecilia Bartoli é a cantora mais virtuosa que eu já ouvi. Talvez por causa disso ela grave um repertório raro e dificílimo pra maioria dos cantores. Nesse álbum ela executa árias famosas das óperas de Mozart, outro compositor com peculiaridades musicais que fazem da sua obra um material desafiador pra qualquer cantor. É só baixar e conferir (mais detalhes click aqui)

quarta-feira, 16 de maio de 2007

J. S. Bach - The works for lute - Lutz Kirchhof, 1991 - Sony


Atendendo a pedidos estou postando a obra completa de Bach pra alaúde. Acredito que essencial ouvir uma música tocada no instrumento original pra que foi composta. A tradição de execução de cada instrumento e a própria sonoridade de cada um deles pode ajudar numa melhor execução dessas peças transcritas pro violão. Com certeza esse é um material enriquecedor (mais detalhes, click aqui)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Three Double Concertos, 2001 - Gha


3 concertos de 3 dos maiores compositores latinoamericanos do sec XX. Todos eles amantes do violão e da riquesa do som que as combinações entre o violão e outros instrumentos. O cubano Brouwer abre o álbum com um concerto inédito pra violão e violino. O brasileiro Krieger também apresenta um concerto inédito, mas esse, pra 2 violões. O 3o é do argentino Piazzola, com seu único concerto pra violão e bandoneon. (mais detalhes... click aqui)

Forgotten Songs - Dawn Upshaw Sings Debussy, 1997 - Sony Classical


Pra quem não sabe, o canto é uma outra paixão minha. Por isso esse é só o primeiro post desse tipo no blog. Vou tentar postar um acervo bem variado, que vem desde a idade média até a música comtemporânea. Aqui vocês tem uma palhinha do ainda pouco ouvido Claude Debussy (mais detalhes... click aqui)

domingo, 13 de maio de 2007

Sérgio & Odair Assad Play Piazzolla, 2001 - Nonesuch


Mais um dos Assad. Desculpa aí, mas pra quem realmente gosta de violão, ouvir os irmãos Assad se aproxima de um experiência transcedental, ainda mais quando eles tocam Piazzolla, quer dizer, na verdade na verdade ainda não ouvi alguma coisa que eles toquem que não seja fantástico. Aproveitem mais esse porque é o último que eu tenho. Quem tiver mais e quizer compartilhar comigo, vou agradecer de todo coração. (leia mais... click aqui)

Guitar Concertos - Eduardo Fernandez - Ponce, Villa-lobos, Lamarque-pons, 1988 - DECCA


Eduardo Fernandez é sem dúvida um maiores violonistas que já ouvi. Sua clareza técnica está aliada a uma interpretação simples e profunda de tudo o que toca. Ao tocar ele se dedica a comunicar o que a própria música parece estar pedindo, nada mais. Além do que, com certeza, nesse álbum, tem a latinidade necessária pra executar esse repertório. Na minha opnião esse álbum é uma das melhores mostras do que os compositores latinoamericanos produziram no sec XX (leia mais... click aqui)

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Manuel Barrueco - Mozart & Sor for Guitar


Sempre é bom ouvir Manuel Barrueco, e ainda mais nesse álbum, onde ele, ousadamente, transcreveu uma sonata pra piano de Mozart inteira. Estamos acostumados com as transcrições das obras principalmente dos espanhóis (Albenis, Turina, Torroba, etc), mas eu pessoalmente nunca tinha ouvido uma transcrição pra violão de nada de Mozart. Vale a pena conferir... (leia mais... click aqui)