quarta-feira, 27 de maio de 2009

The Guitar Works of Garoto

Anibal Augusto Sardinha, o Garoto, foi sem dúvida um dos maiores compositorese violonistas brasileiros. Raphael Rabelo chegou a dizer em uma entrevista que Tom Jobim não seria nada se não tivesse havido antes Garoto. Aqui eu trago umadas mais cobiçadas publicações para violão brasileiro. Paulo Bellinati fez essas transcrições para violão das músicas mais celebradas do Garoto. Quem quizer pode baixar o áudio, com o próprio Bellinati tocando, aqui mesmo no blog.
Garoto - Book I Garoto - Book II

Breve Biografia
Um dos mais expressivos nomes do violão brasileiro, a influência de Garoto se faz sentir até hoje, 35 anos após a sua morte. Nascido em São Paulo, filho de imigrantes portugueses, começou a trabalhar com 11 anos de idade como ajudante no comércio. Na mesma época começou a tocar banjo, por conta própria. Fez um teste para a rádio com o violonista Serelepe e gravaram em seguida um compacto de banjo e violão. A partir de então integrou diversos conjuntos instrumentais e orquestras, tocando, além de banjo, cavaquinho e bandolim. Em meados dos anos 30 mudou seu nome artístico de "Moleque do Banjo" para "Garoto". Tocou em cassinos em São Paulo, Rio Grande do Sul e Argentina, onde acompanhou Carlos Gardel. Por essa época já compunha e gravou algumas músicas suas, em que solava também com violão tenor e guitarra havaiana, além do violão tradicional. Por volta de 1939 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a tocar com o violonista Laurindo de Almeida. Em seguida participou do Bando da Lua, que acompanhava Carmen Miranda, e excursionou aos Estados Unidos, onde ganhou o título de "O homem dos dedos de ouro". De volta ao Brasil, nos anos 40 foi contratado pela Rádio Nacional, onde trabalhou por vários anos, como acompanhante e solista. Gravou discos em parceria com a pianista Carolina Cardoso de Meneses e compôs muitas peças que entraram para o repertório fundamental de violão brasileiro. Sua harmonização rica de obras-primas como "Duas Contas" o credenciam como antecessor da bossa nova. Em 1953 solou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o Concerto nº 2 para Violão e Orquestra, de Radamés Gnattali. Seu maior êxito em vida foi o dobrado "São Paulo Quatrocentão", escrito em parceira com Chiquinho do Acordeom para o Quarteto Centenário de São Paulo, que vendeu mais de 700 mil discos. Depois de sua morte ganhou novos parceiros, como Chico Buarque e Vinicius de Moraes, que colocaram letra em "Gente Humilde".

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